terça-feira, 16 de novembro de 2010

As melhores HQs do Wolverine

As verdadeiras origens de Wolverine
incredible_hulk_181O Wolverine surgiu com a alcunha de Arma X na última página de The Incredible Hulk #180, em outubro de 1970, numa história escrita por Len Wein e desenhada por Herb Trimpe, sobre o conceito visual do editor Roy Thomas – que queria um personagem de apelo pros crescente mercado canadense. Na edição seguinte, ele aparece com o nome Wolverine e já entra de bicão numa treta entre os pesos pesados Hulk e Wendigo, dois dos personagens mais poderosos da Marvel. Esta história foi publicada três vezes no Brasil: em O Incrível Hulk 22, da RGE, na edição 26 da primeira série de Grandes Heróis Marvel e em Wolverine 100, ambas da Editora Abril. Esta história foi praticamente esquecida pela maioria dos fãs de baixinho, mas é uma ótima referência para conhecer as origens do personagem.
Inicialmente, ele era apenas um coadjuvante nas séries da Marvel e só veio a ganhar verdadeiro destaque quando entrou pros X-Men em Giant Size X-Men #1 (maio de 1975). Esta edição especial, escrita por Len Wein e com desenhos de Dave Cockrum, também conta com a estréia de outros mutantes importantes como Tempestade, Noturno, Colossus, Pássaro Trovejante e Banshee. Podemos encontrar esta história nas revistas Superaventuras Marvel 16 (outubro de 1983) e X-Men Classic 1 (setembro de 1993), ambas pela Abril.
Em dezembro de 1975, o então editor Len Wein teve que escolher entre o título dos X-Men e o do Hulk, como ele era fã do Gigante Esmeralda passou a bola mutante pra seu assistente. O nome do jovem aspirante a ator era Chris Claremont, que a partir dai esteve no comando dos roteiros da revista initerruptamente por 17 anos e foi o responsável pelo fabuloso sucesso da série nos anos 1980 e 90 (ainda bem que ele não se dedicou à dramaturgia). Claremont alterou alguns conceitos de Wolverine, o deixando mais velho, experiente e com um passado misterioso.
sam016Porém, o personagem ganhou maior destaque com a entrada do desenhista e co-roteirista John Byrne que chegou com tanta força à The Uncanny X-Men que o título passou a ser mensal a partir da edição #112 (quatro meses depois de sua entrada). “Desde o início, Byrne deixou claro para Claremont que seu x-man preferido era Wolverine e que ambos deveriam se esforçar em explorar cada vez mais o personagem – e isso chegou a acontecer de forma bem incisiva na história ‘Wolverine: Alone!’”, conforme afirmou o historiador dos quadrinhos Roberto Guedes em seu livro A Era de Bronze dos Super-Heróis (HQM Editora).
Pra muitos leitores, a fase mais marcante do Wolverine foi trajando o saudoso uniforme marrom e amarelo que apareceu pela primeira vez em Uncanny X-Men #139 (lançada por aqui em Superaventuras Marvel 40, da Abril). Esta fase reúne as histórias lançadas de 1980 até os anos 1990 e o auge da fama dos mutantes nas mãos de Jim Lee.
Wolverine, o guia de leitura
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Agora que você já conhece um histórico básico das origens da construção do personagem Wolverine, vamos apresentar algumas de suas melhores histórias. Se você é um fã bitolado do baixinho canadense já deve ter lido a maioria delas, mas sempre tem uma que escapou de nossas garras.
Não vou me ater as melhores histórias do Wolverine com os X-Men, pois isto tiraria um pouco do foco desta narrativa. Mas mesmo dentro do título algumas histórias solo do personagem merecem destaque. O critério de escolha das histórias foi como estas histórias tornaram o Logan um dos heróis mais cultuados dos últimos tempos e sua importância na construção do personagem.
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“Dias de um Futuro Esquecido”

Edições originais: Uncanny X-Men #141-142 (1981)
Edições nacionais: Superaventuras Marvel 45 e 46 (Editora Abril, 1996); Marvel 40 Anos no Brasil (Panini, 2007)
A história que mostra o futuro alternativo em que os mutantes estão quase extintos pelos sentinelas e os X-Men estão quase todos mortos ou acuados. Nem precisamos dizer que a cena em que Wolverine é desintegrado por um sentinela e sobram apenas seus ossos é mais do que clássica!
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Minissérie do Wolverine
Edições originais: Wolverine #1-4 (1982)
Edições nacionais: Wolverine – Minissérie em quatro edições (Abril, 1987); Eu, Wolverine (Panini, 2009)
“É, eu sou o melhor no que faço. Mas o que faço melhor não é nada agradável.” Começa com este pensamento, a incrível minissérie solo do Wolverine, escrita por Chris Claremont e desenhada pelo ainda novato Frank Miller. A mini revela alguns detalhes de seu passado nebuloso, como sua ligação com o Japão e sua buscar por autocontrole. Logan tem que enfrentar a organização criminosa Tentáculo e descobrir a quem pertence seu coração, a nobre Mariko ou a rebelde Yuriko.
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Minissérie dos X-Men
Edições originais: Uncanny X-Men #172-173 (1983)
Edições nacionais: minissérie X-Men 1 e 2 (Abril, 1988); Eu, Wolverine (Panini, 2009)
Depois da minissérie solo, Wolverine convida os X-Men pro seu casamento no Japão, pois finalmente vai confirmar seu relacionamento com Mariko Yoshida. Talvez esta seja uma das histórias mais clássicas dos X-Men, tanto pelas sensacionais cenas de luta como pela forte dramaticidade.
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“A Loja de Corpos – Nós Recriamos você”
Edições originais: Uncanny X-Men #205 (1986)
Edições nacionais: Heróis da TV 100 (Abril, 1987); Marvel 40 Anos no Brasil (Panini, 2007)
Graça ao traço selvagem de Barry Windsor-Smith, que também dividiu os roteiros com Claremont, a primeira batalha (pra lá de sangrenta, diga-se de passagem) entre Wolverine e Lady Letal foi em grande estilo e com direito a participação especial de uma das crianças integrantes do saudoso Quarteto Futuro.
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“Wolverine – Arma X”
Edições originais: Marvel Comics Presents #72-84 (1991)
Edições nacionais: Grandes Heróis Marvel 35 (Abril, 1992); Wolverine – Arma X (Panini, 2003)
Esta é a história que definiu a origem do revestimento de adamantium nos ossos de Logan e apesar de toda a sua importância na mitologia do personagem, o escritor Chris Claremont não participou como roteirista. O trabalho ficou todo nas mãos do mestre Barry Windsor-Smith que contou essa história originalmente em 12 partes de oito páginas, mais prólogo. Em uma entrevista concedida a revista Amazing Heroes 188 (fevereiro de 1991), Windsor-Smith afirmou que só queria desenhar uma história com o Wolverine e nem mesmo tinha certeza do que estava fazendo até terminar a história – talvez tenha sido isso que deu o clima onírico pra este épico do baixinho nervoso. Se não leu ainda, não faz idéia do que é o Wolverine.
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“Escolhas Malditas”
Edição original: Bloody Choises (1991)
Edição nacional: Graphic Marvel 11 (Abril, 1992)
Apesar da maioria dos fãs nunca ter ouvido falar desta história, os roteiros de Tom DeFalco e a sempre competente arte de John Buscema fazem deste álbum uma passagem obrigatória. A trama mostra Logan, seus inquietantes conflitos internos sobre o que é certo e errado, caçando um inescrupuloso pedófilo, porém seus planos de fazer “justiça” com as próprias mãos (ou seriam garras?) são interrompidos por Nick Fury. O maior agente da S.H.I.E.L.D. quer levar o bandido a julgamento por suas ações ilegais como traficante de drogas. Esta história foi a base para os conceitos que seriam usados no arco “Inimigo do Estado” (que acaba de ser reunida em um encadernado pela Panini) do polêmico roteirista Mark Millar.
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“Wolverine – A série mensal”
Edições originais: Wolverine – First Series #1-46
Edições nacionais: Wolverine 1 a 38 (Abril, 1992-1995); Wolverine – Edição História 1 e 2 (Mythos Editora, 2002-2004)
Escolher um arco em especial dentro destes primeiros anos da série mensal do Wolverine seria uma grande perda de tempo, pois se é pra entrar de vez no universo do mutante mais selvagem da Marvel. Não perca tempo e garanta já as tuas edições, pois são diversão descompromissada. Lembrando que depois desta fase, os roteiristas cairam no vício das “memória implantadas” e todo o passado de Logan foi bagunçado.
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“Wolverine & Kitty Pryde”
Edições originais: Kitty Pryde and Wolverine #1-6 (1984-1985)
Edições nacionais: Wolverine & Kitty Pryde 1 e 2 (Abril, 1989)
Graças a sua relação paterna com Kitty Pryde, Logan acaba voltando ao Japão pra ajudar sua protegida a salvar o próprio pai de uma misteriosa corporação. O que ele não esperava é ter que enfrentar sua própria pupila após uma lavagem cerebral – com direito a treinamento intensivo em combate e tudo. Apesar de ser mais divertida do que importante, a minissérie é uma competente aventura comandada pelo onipresente Chris Claremont e o desenhista Al Migron.
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“Wolverine & Destrutor – Fusão”
Edições originais: Wolverine & Havok – Meltdown #1-4 (1989)
Edições nacionais: Wolverine & Destrutor 1 a 4 (1989)
Imagine um duelo entre os artistas plásticos Kent Willaims e Jon J. Muth em forma de quadrinhos com base num roteiro do casal Walter Simonson e Louise Simonson. Não precisa imaginar essa doideira! Leia de uma vez esta seminal minissérie que reune a improvável dupla Wolverine e Destrutor em uma perigosa missão. Nem vou perder meu tempo fazendo a resenha… digamos que é uma HQ absolutamente indispensável. Demorou para a Panini reeditar esta história que beira a perfeição de arte e roteiro!
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“A Destruição de Wolverine”
Edições originais: X-Factor #92 (Série 1, 1993), X-Force #25 (Série 1, 1993), Uncanny X-Men #304 (1993), X-Men #25 (Série 2) e Wolverine # 75 (1993)
Edições nacionais: X-Men Gigante 2 (Abril, 1996)
A história em que Magneto perde a paciência e arranca o adamantium do corpo do Wolverine é uma das mais marcantes de toda sua história. Apesar de traumático para boa parte dos fãs do mutante selvagem, o arco Atrações Fatais revela que Wolverine tem garras de osso por baixo do adamantium. A saga não é grande coisa, mas vale pelo valor histórico.
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“Novos X-Men”
Edições originais: New X-Men #114-151 (2001-2004)
Edições nacionais: X-Men 9 a 43 (Panini, 2002-2005); e os atuais encadernados E de Extinção e Imperial (Panini)
Esta incrível fase dos X-Men capitaneada pelo alucinado roteirista Grant Morrison e desenhada na maioria das edições pelo excelente Frank Quitely é uma das mais polêmicas entre os fãs dos heróis mutantes. No entanto, é inegável que a dupla foi responsável por aproximar o baixinho nervoso de sua versão do cinema vestindo-o em couro e o deixando ainda mais animalesco.Sem falar do uniforme de gari,hehehehehe.

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“Origem”
Edições originais: Origin #1-6 (2001-2002)
Edições nacionais: Origem 1 a 3 (Panini, 2002)
Finalmente, a verdadeira origem de Logan é revelada e descobrimos que ele nasceu no século 19 e seu verdadeiro nome é James Howlett (que nome mais idiota). Por mais interessante que possa parecer esta competente história escrita por Paul jenkins e com arte de Andy Kubert, ela na verdade não esclarece muita coisa sobre a história de Wolverine e levanta muito mais questões.
Histórias diversas
739849-scorpio_connection1_superAlgumas histórias apesar de não serem tão importantes para o Wolverine devem ser visitadas por serem aventuras divertidas e descompromissadas. Vou jogar uma listinha pra vocês procurarem quando tiverem crises de abstinência:
- Wolverine e Nick Fury – Conexão Scorpion (Abril) – Aquela aventura de ação e espionagem que te faz mais falta que arroz com feijão.
- Grandes Heróis Marvel 22 (num crossover com o Demolidor), 39 (onde enfrenta Conan, o Bárbaro), 45 (quando integra uma estranha versão do Quarteto Fantástico junto com Motoqueiro Fantasma, Homem-Aranha e Hulk).
Onomatopéias
Wolverine na MAD Especial 5
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 Nesta edição, a revista rasga o verbo e alfineta sem dó o Wolverine no cinemas

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