sábado, 25 de junho de 2011

Quando o Estado quebra um homem

Caso aterrador que aconteceu nos EUA e que infelizmente não está tendo a devida divulgação na imprensa. Thomas Ball, um americano de 58 anos, ateou fogo no corpo depois de não tolerar mais ser sacaneado pela justiça. Motivo? O Estado o “esmagou”, com suas leis draconianas contra a violência doméstica.  Espero que medidas desesperadas como essa não sejam tomadas por estas bandas…

por William Norman Grigg
“Quanto é que o Estado pesa?” pergunta Josef Stalin a um dos seus agentes que foi ordenado a extrair a confissão de um “inimigo do povo”. Stalin entendia que era questão de tempo para que agentes que impunham a crueldade sancionada pelo Estado quebrassem qualquer homem.
Thomas J. Ball, que cometeu suicídio ateando fogo ao próprio corpo nos degraus da corte da cidade de Cheeshire, New Hampshire, no dia 15 de junho, foi um homem quebrado pelo Estado. Uma longa carta explicando as suas motivações foi enviada ao Keene Sentinel e que foi publicado um dia após a sua morte, descreve como sua família foi destruída e sua vida arruinada, através da intervenção cruel da burocracia estatal que orgulharia a Stalin líder do Estado monolítico afiliado a comissão federal de “violência doméstica”, a Cheka.
Ball e sua família são casualidades de algo que ele chama “guerra federal contra os homens“. E ele não está exagerando – e também não está sozinho achando a mesma coisa.
A máquina da indústria da violência doméstica que é subisidiada pelo Estado funciona mais ou menos como a hipotética máquina de Von Neumann: colocada num ambiente rico em recursos, ela se sustentará sozinha e se replicará absorvendo e destruindo tudo que tiver ao seu alcance. Um bom exemplo disso é o “Matador de Planetas” do episódio do Jornada nas Estrelas “A Máquina do Juízo Final” – uma imensa maquina em forma de funil que usa como combustível os restos dos planetas que ela já consumiu (de acordo com algumas fontes, o “Matador de Planetas” usa esses mesmos restos para se auto replicar).
Esta máquina monstruosa “se sustenta enquanto ela tiver corpos… para ela devorar.” O mesmo vale para o Estado e todos os seus componentes – incluindo aquilo que o Dr. Baskerville chama de “A Ditadura do Divórcio“.
Como Baskerville mostra em seu estudo tenebroso “Pego em Custódia: A guerra contra a Paternidade”, “não é exagero falar que a existência de varas familiares e virtualmente cada assunto que eles tratam – divórcio, custódia, abuso infantil, pensão alimentícia, e até mesmo a adoção e os crimes juvenis – dependem apenas de um princípio: remova o pai.” Quando uma família quebra, cada criança “vira um monte de dinheiro ambulante” – não para seus custodiantes, mas para a cada vez maior população de funcionários públicos que “adotam como missão de vida a prática de se meter na vida dos filhos dos outros”.
Thomas Ball, como milhões de outros, aprendeu que as pessoas que seguem tal profissão tem uma habilidade impressionante de se aproveitar da mais ínfima oportunidade de invadir uma casa e destruir uma família.
Numa noite em abril de 2001, o Sr. Ball acabou perdendo a paciência com sua filha de 4 anos que estava fazendo bagunça e acabou batendo no rosto dela. Ele deixou a própria casa por sugestão da esposa. Pouco tempo depois quando tentou retornar contato, ele descobriu que ela – “o tipo de pessoa que acredita que pessoas com autoridade sabem do que falam” – chamou a polícia, que a falou que seu “marido abusivo” não poderia mais dormir na sua própria casa à noite. Ball foi preso em seu serviço no dia seguinte. Sob as condições de sua soltura, ele foi proibido de saber os motivos do porque sua esposa chamou a polícia.
Anos depois Ball descobriu que se sua esposa não tivesse chamado a polícia e acusado ele de ser abusivo, ela poderia ser presa como cúmplice da agressão – deixando os filhos à mercê da desprezível Divisão de Crianças, Jovens e Famílias (DCFY) de New Hampshire.
Dot Knightly, que tentou inutilmente por anos a fio ganhar a custódia dos seus 3 netos que lhe foram tirados por acusações espúrias de abuso e negligência, relata como um comissário da DCYF ignorava desdenhosamente suas súplicas e suas qualificações para cuidar de seus netos: “Ninguém tem seus filhos de volta em New Hampshire. O governo nos dá poder para decidir como estes casos terminam. Todos que lutam contra a gente perdem.”
Desesperado por ter sido arrancado de seus entes queridos, o neto de Dot, o jovem Austin – que foi literalmente arrancado de casa aos gritos da casa de seus avós – tentou se suicidar. Isto o levou ao confinamento num hospital psiquiátrico e a um tratamento ivoluntário com remédios psicotrópicos que destroem a mente. Para estes sequestradores de crianças de New Hampshire, a frase “ninguém tem seus filhos de volta” se traduz na vontade de destruir a criança aos poucos, ao invés de ter sua suposta autoridade desafiada.
No momento que a polícia interviu nos assuntos familiares de Thomas Ball, a destruição de sua família foi inevitável. Os oficiais foram requeridos – não pela lei, mas pela política oficial que é incentivada financeiramente por Washington – a prender alguém. De forma similar, e pela mesma razão, o Ministério Púlbico americano é proibido de ignorar casos de violência doméstica em qualquer circunstância.
Ball acabou sendo considerado inocente da primeira acusação, a contra gosto do juiz que presidia o julgamento. Mas isso não fez diferença alguma: sua esposa – que se divorciou dele 6 meses depois da prisão – é agora uma consorte do Estado, e seus filhos propriedade do governo. Mesmo com sua inocência declarada, Ball recebeu uma sentença aberta de sujeição – e a perspectiva de ser preso como um caloteiro – atravéz do sistema de “apoia à criança” do governo. E ainda ,ele não era permitido a ver seus filhos, mesmo com o fato do juri considerá-lo inocente,
“Perdi o direito de visitar minhas filhas quando fui preso. Uma era a vítima e outra a testemunha. Depois de ter sido inocentado, esperava que podia visitar minhas filhas. Mas o juíz… decretou que o conselho é que decidiria quando nós poderíamos nos encontrar.’
As opções que eram financiadas pelo Estado não incluíam que um homem inocente poderia visitar suas filhas. Deixar o problema a cargo do “aconselhamento doméstico” financiado pelo governo – que aparentemente foi inspirada nas idéias de Franz Kafka – era um negócio muito mais rentável.
Os juízes costumam usar nossos filhos como moeda de troca” diz Ball. “Ponha o adulto no aconselhamento, continue o caso por um ano e depois o largue. Isto abre uma brecha para que novas prisões sejam feitas. Estes juízes que usam nossas crianças não tem nada de “meretíssimo. Termo que nem uso mais. Somente os o chamo de juízes.”
As experiências passadas por Ball, repito, são muito similares a que milhões de outros paias passaram. O Dr. Baskerville nos oferece um resumo aterrador:
“Um dos pais (geralmente o pai) que tem seus filhos tomados pelo Estado está apenas no começo de seus problemas. O próximo passo é ele ter que se apresentar na corte e ser obrigado a pagar por volta de 2 terços de seu salário como “pensão alimentícia” para quem está com a custódia da criança. Seu salário é imediatamente marcado e seu nome entra na lista do registro federal como “delinquente”. Isto antes dele ter a chance de se tornar um, se bem que é provável que isto seja uma ordem retroativa, então ele já irá ao tribunal com uma condenação na ficha. Se a pensão for alta demais para ele pagar e a data da primeira acusação já for antiga o suficiente, ele poderá ser mandado para a cadeia imediatamente.”
Os tendões detes sistema é a Secretaria Federal de Execução do Suporte Infantil (OSCE) e seus afiliados estaduais. Só para ter uma idéia de como é a guerra contra os pais: Em 2007, a DEA, que combate o tráfico de drogas nos EUA, tem um total de 4,600 agentes de campo armados; a OSCE tem por volta de 60000 agentes, e todos eles tem licença para andar armados, segundo a lei que regulamenta a execução de prisões de pais abusivos.
Quando a força disto é jogada em uma pessoa, o peso do aparato estatal acaba por destruir a vítima. A cada ano que passava, as condições financeiras de Ball se deteriorava e ele caia cada vez mais em desespero. Quando ele cometeu suicídio no dia 16 de junho, ele tinha 58 anos e era um veterano do Vietnã que estava desempregado faz uns 2 anos. Considerando o fato que ele não podia mais pagar a pensão que lhe era extorquida, Ball iria ser preso na manhã seguinte.
Seu único consolo, a companhia de seus filhos, foi retirado dele de uma forma sádica. Os arrogantes funcionários que fizeram isto são pessoas que aprenderam como faturar em cima da miséria de um inocente.
O manifesto escrito por Ball é um trabalho de uma eloquência torturante. Mesmo tendo alguns erros de concordância, não foi escrito por um degenerado. Era algo bem organizado e fundamentado com uma pesquisa detalhista. A lucidez com que Ball demonstra ao explicar a decisão de se suicidar pelo método mais doloroso imaginável mostra não apenas o nível de seu desespero, mas o nível da corrupção e da imoralidade das pessoas que destruíram sua família.
O lema da carta de Ball é a frase “Segundo Conjunto de livros”, uma frase que se refere as “políticas, procedimentos e protocolos” que os burocratas se utilizam em desafio ao “Primeiro conjunto de livros” – que são as constituições federal e estaduais.
“Você não aprende sobre o Segundo Conjunto de Livros na escola,” diz Ball. Isto porque não era para existir este Segundo conjunto de Livros. ” O Segundo conjunto de Livros tem seu conteúdo proibido para meros mortais. Os que não fazem parte da Santa Irmandade da Coerção Oficial são obrigados a se comportar baseados no Primeiro Conjunto de Livros. Manter esta ficção oficial é necessária para convencer os crédulos – bem, aqueles que prestam atenção nessas coisas – que é possível receber alguma reparação do mesmo sistema que os prejudicou.”
Como milhões de outras vítimas do aparato estatal da “violência doméstica”, Ball compreendeu que o sistema não pode ser consertado a partir de dentro:
“De um lado temos a lei. Do outro, temos os protocolos, políticas e procedimentos que temos que seguir e nem sabemos que existem. O império da lei está morto. Agora temos 50 estados com sistemas legais que não valem nem por uma repúlica de bananas. Os homens estão sendo demonizados e as mulheres e crianças acabam sofrendo com isto. Então caras, precisamos começar a incendiar delegacias e cortes de justiça. O Segundo Conjunto de Livros foi feito em Washington. Mas seus atos sujos são impostos pela polícia local, pelos juízes e promotores.” Ao invés de não votar neles, Ball insiste é que temos que “queimá-los” através de ataques incendiários nos escritórios burocráticos apropriados.
Ele tinha esperanças que seu sacrifício seria a fagulha simbólica que poderia acender uma revolução – exatamente como no caso do vendedor tunisiano Mohamad Bouazii, que fez que com seu país se insurgisse contra a ditadura que comandava o país.
Enquanto rezo para que Deus dê o descanso merecido à torturada alma de Ball, e torço por dias melhores para sua família, preciso dizer que a estratégia que ele propõe está errada.
Ao invés de atacarmos as manifestações arquitetônicas do Estado, devemos é perder todo o contato com ele. Em outras palavras, não devemos chamar a polícia em nenhuma circunstância, e isolarmos nossas famílias, na medida do possível, com qualquer contato com as benesses governamentais de qualquer espécie. Isto significa estar preparado para tomar medidas evasivas quando um dos tentáculos do Estado nos alcançar, com intenções malignas, em direção as nossas crianças. E isto significa também se defender usando a força quando todas as outras alternativas falharem.
Humanos tem um medo instintivo de fogo. Queimar até a morte é uma agonia prolongada onde os receptores de dor do sistema nervoso trabalham até o fim e na capacidade máxima. O tormento que Thomas Ball experimentou foram suficientes, em sua mente, para encobrir os horrores de uma morte dessas.
No mesmo dia que este pobre homem se banhou em gasolina e se incendiou, a escritora Ann Coulter usou sua coluna num site para soltar gracinhas contra o republicano Ron Paul e outros que insitem que o Estado deve ser removido de qualquer participação nas regulamentações do casamento e da família.

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