Chico Picadinho
 
Olá! Vou contar a histórias de alguns serial killers  famosos que andaram pelo mundo matando e aterrorizando as pessoas com  seus crimes brutais e sua forma fria de agir. Hoje vou começar com um  dos mais ilustres (por assim dizer!) assassinos em serie do Brasil: o  Chico Picadinho.
 

 
Vida: Francisco Costa Rocha (vulgo Chico Picadinho) nasceu em 27 de abril de 1942 na cidade de Vila Velha, Espírito Santo.
 
Seu  pai, também Francisco, era um exportador de café, poderoso, bem  sucedido, casado e pai de seis filhos. Enérgico e violento, Francisco  começou um relacionamento extra-conjugal com Nancy. Ela teve dois  abortos impostos pelo amante, além de ter sido ameaçada de morte pelo  mesmo, antes do nascimento de Chico, que cresceu em meio a um clima de  rejeição do pai.
Sempre curioso, o menino Francisco, matava gatos  para testar suas sete vidas. Enforcava-os em árvores e afogava-os em  vasos sanitários.
 
Apanhava bastante e quase  perdeu a mão, ao ser punido com lambadas dadas com as costas de uma faca  que o acertou com o lado errado. No colégio era briguento, desatento,  dispersivo, irrequieto, indisciplinado e displicente. 
 
Aos 16 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro com a mãe e seu, até então, companheiro.
 
Em 1965, Chico mudou-se para São Paulo para tentar, então, a carreira de corretor de imóveis.
 
Ganhava bem e não tinha horário fixo, o que lhe permitia divertir-se em bares. 
 
Freqüentava  teatros com passe livre cedido por parceiros sexuais, lia Nietzsche e  Dostoiévski, experimentava todo tipo de droga e participava de orgias. 
 
A  agressividade sexual que lhe dava prazer se acentuava cada vez mais.  Tornou-se um viciado na vida boêmia de tal forma que precisava sair  todas as noites para beber e fazer sexo.
 
Primeiro  Assassinato: Foi em agosto de 1966, no apartamento da Rua Aurora  (centro de São Paulo), que Chico Picadinho fez a sua primeira vítima. A  bailarina austríaca Margareth Suida, com 38 anos na época, era uma  conhecida dos amigos de Chico, e foi convidada pelo mesmo para ir ao seu  apartamento. Ela aceitou, óbvio!
 
Pelas roupas  de Margareth sobre o pé da cama e sua lingerie colocada na poltrona, ela  ficou nua por vontade própria. Os lençóis estavam bagunçados, e os  cinzeiros cheios de bitucas de cigarros. Pela quantidade, os cigarros  foram consumidos por duas pessoas. Horas se passaram antes que Margareth  fosse morta.
 
A relação sexual que tiveram deve  ter seguido o padrão de violência que Francisco descreveria como sendo  habitual com “certos tipos de mulher”. Margareth apresentava várias  mordidas perto dos seios e do pescoço, além de um hematoma no nariz.
 
Já  no banheiro, Francisco colocou o corpo de Margareth na banheira, de  barriga para cima. Com uma gilete, retirou seus mamilos e começou a  retalhar o corpo de sua vítima. 
 
O processo a que submeteu o cadáver da mulher estaria mais próximo de uma dissecação do que de um esquartejamento. 
 
Suas partes moles, como seios e músculos, foram recortadas e removidas. Ela foi eviscerada.
 
Sua  pelve também foi retirada. Francisco tentou se livrar de algumas  vísceras jogando-as no vaso sanitário, mas mudou de idéia no meio do  processo. 
 
Foi até a cozinha e pegou um balde  de plástico, dentro do qual guardou cada pedaço que cortava. Quando  terminou de descarnar boa parte da frente do corpo da vítima, Francisco a  virou de bruços, ainda dentro da banheira. 
 
Dissecou  a metade direita das costas e arrancou um pedaço das nádegas. Ao voltar  a si, e perceber o que havia feito, sentiu extrema repulsa de si mesmo.  Perplexo com seus atos, limpou-se com o álcool que estava na garrafa em  cima da mesa do quarto e vestiu-se rapidamente. Esperou seu colega de  quarto chegar, e contou-lhe, sem detalhes, que havia matado uma pessoa e  que precisaria de tempo apenas para avisar a mãe sobre o ocorrido e  contratar um advogado. 
 
Na mesma noite seu  amigo o denunciou para polícia. Dois dias depois Francisco foi preso,  ainda no Rio, e confessou o crime com detalhes. Porém, Francisco não  soube apresentar um motivo para o assassinato. Foi condenado a 18 anos  de prisão, tendo sua pena posteriormente substituída por 14 anos, 4  meses e 24 dias.
 
Segundo Assassinato: Em junho  de 1974, teve liberdade condicional  concedida pela Justiça por bom comportamento, e dois anos depois, em um  apartamento na Avenida Rio Branco (também no centro de São Paulo), ele  esganou até a morte a prostituta Ângela de Souza da Silva, com 34 anos  na época, durante a relação sexual.
 
Novamente,  retalhou o cadáver (dessa vez com um serrote, uma faca e um canivete),  arrancando os seios, abrindo-o pelo ventre, retirando as vísceras e  jogando-as no vaso sanitário. O plano não deu tão certo, pois o  encanamento entupiu. Percebendo que, dessa forma, não conseguiria se  livrar do cadáver, resolveu recomeçar, dessa vez picando tudo, para  facilitar, assim, o transporte. 
 
O  esquartejamento continuou, então, na parte da cabeça. Retirou os olhos e  retalhou a boca para diminuir o tamanho do crânio. Após ter  desmembrado, abriu a água do chuveiro, lavou as partes do corpo na  banheira e acondicionou-as em sacos plásticos. Francisco acredita que  levou entre três e quatro horas “trabalhando” no corpo de sua vítima.  Mais uma vez, ele foi denunciado por um colega de quarto, que encontrou a  mala e a sacola com o corpo retalhado de Ângela (o qual inicialmente  ele pensou ser pedaços de manequim), na sacada do apartamento.
 
Chico  fugiu de São Paulo, sendo encontrado pela polícia, e preso, 28 dias  depois em Duque de Caxias. Pelo novo crime foi condenado a 22 anos e  seis meses de prisão, porém, veredicto de culpado não foi unânime:  quatro jurados votaram sim, três votaram não.
 
Em  abril de 1998, Francisco Costa Rocha deveria ser libertado, já que de  acordo com “as piadas” leis brasileiras um criminoso pode viver atrás  das grades por, no máximo, 30 anos. Porém, ele continuou preso na Casa  de Custódia de Taubaté por estar “despreparado para viver em sociedade”.  Na decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, pesou o medo de o crime  se repetir. 
 
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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