terça-feira, 23 de agosto de 2011

Materialização de Espiritos:Caso Katie King

Katie King - caso célebre de materialização de espírito, investigado por Sir William Crookes.

Primeira materializacao de Katie king
Os fenômenos de materialização constituem as mais altas e irrefragáveis demonstrações da imortalidade.

Fotos do espirito de Katie materializado


Surgir um ser defunto diante dos espectadores com uma forma corpórea, conversar, caminhar, escrever e desaparecer, quer instantaneamente, quer gradativamente, sob as vistas dos observadores, é decerto o mais empolgante e o mais singular dos espetáculos. Isso, para um incrédulo, ultrapassa os limites da verossimilhança e provas físicas irrefutáveis se fazem necessárias, para que o fenômeno não seja lançado à conta de fraude ou de alucinação.

Em 1872, contava a Srta. Cook dezesseis anos. Desde a mais tenra idade via Espíritos e ouvia vozes; mas, como somente ela observava esses fatos, seus pais nenhuma confiança depositavam em sua narrativas. Depois de haver ela assistido a algumas sessões espíritas, veio-se a saber que a mocinha era médium e que obteria as mais belas manifestações.

A 21 de abril de 1872, diz o Sr. Harrison, no jornal O Espiritualista, ocorreu um curioso incidente. Ouviram de súbito bater nos vidros de uma janela; aberta esta, ninguém viu coisa alguma. Fez-se, porém, ouvir a voz de um Espírito, dizendo: “Senhor Cook, precisa mandar limpar suas calhas, se não quiser que os alicerces de sua casa sejam abalados. As calhas estão entupidas”. Muito surpreendido, procedeu ele a um exame imediato. Era exato! Chovera e o pátio da casa estava cheio da água que transbordara das calhas. Ninguém sabia desse acidente, antes que o Espírito o houvesse revelado daquela forma notável.

A 22 de maio de 1872, ocorreu a primeira materialização de Katie King. A própria médium narrou assim o fenômeno, em carta ao Sr. Harrison:

“Ontem à noite, Katie King nos disse que tentaria produzir alguns fenômenos, mas se concordássemos em armar um gabinete escuro com o auxílio de cortinas. Acrescentou que precisava lhe déssemos uma garrafa de óleo fosforescente, visto não lhe ser possível tomar de mim o fósforo necessário, devido ao fraco
desenvolvimento da minha mediunidade. Ela quer iluminar a sua figura, para se tornar visível.

Encantada com a idéia, fiz os preparativos necessários, ficando tudo pronto ontem à noite, às 8 e meia. Minha mãe, minha tia, os meninos e a criada sentaram-se fora, nos degraus da escada. Deixaram-me sozinha na sala de jantar, o que nada me agradou, porque estava com muito medo.

Katie mostrou-se na abertura das cortinas. Seus lábios se moveram e, por fim, conseguiu falar. Conversou durante alguns minutos com a mamãe. Todos puderam ver-lhe o movimento dos lábios. Como eu, do lugar onde estava, não a visse bem, pedi-lhe que se voltasse para mim. O Espírito me respondeu: “Mas, decerto; fá-lo-ei”. Vi então que só estava formada a parte superior do seu corpo, o busto, sendo o resto da aparição uma espécie de nuvem, ligeiramente luminosa.

Após breves instantes de espera, o Espírito Katie começou por trazer algumas folhas frescas de hera, planta que não existe no nosso jardim. Depois, todos vimos aparecer, fora da cortina, um braço cuja mão segurava a garrafa luminosa. Mostrou-se uma figura com a cabeça coberta de uma porção de pano branco. Katie aproximou do seu rosto o frasco e todos a percebemos distintamente. Esteve dois minutos e em seguida desapareceu. O rosto era oval, aquilino o nariz, vivos os olhos e a boca lindíssima.

Disse Katie à mamãe que a olhasse bem, pois sabia que tinha um ar lúgubre. Eu, pelo que me diz respeito, fiquei muito impressionada quando o Espírito se aproximou de mim. Emocionadíssima, não pude falar, nem mesmo esboçar um gesto. Da última vez que se apresentou na junção das cortinas, demorou-se uns bons cinco minutos e incumbiu a mamãe de lhe pedir que venha aqui um dia desta semana... Katie King encerrou a sessão, implorando para nós as bênçãos de Deus. Exprimiu a sua alegria por se ter podido mostrar aos nossos olhares”.

(Gabriel Delanne - Obra: A Alma é Imortal)

CURIOSIDADE DURANTE UMA DAS REUNIÕES DE MATERIALIZAÇÃO:
Sobre o caso com William Volckman:
“Em Dezembro de 1873, durante uma sessão em
que se achavam entre os convidados, o conde e a condessa de Caithness, o conde de Medina Pomar e um certo W. Volckman, Katie King mostrou-se tão nitidamente que despertou suspeitas neste último. Volckman, subitamente, avançou contra Katie King, agarrando uma de suas mãos e prendendo-a pela cintura com o outro braço! Estabeleceu-se uma luta, na qual dois amigos da médium tentaram socorrer Katie King. O advogado Henry Dumphy conta que ela pareceu perder os pés e as pernas, e fazendo um movimento semelhante ao de uma foca na água, escapuliu sem deixar traços de sua existência corporal, tendo desaparecido inclusive os véus brancos em que se envolvia. Segundo Volckman, ela libertou-se violentamente. Mas o facto incontestável é que uns cinco minutos mais tarde, quando se restabeleceu a calma e a cabina foi aberta, ali foi encontrada Florence Cook perfeitamente composta em seu vestido preto e calçada com suas botas. As amarras que a prendiam estavam intactas, assim como o lacre impresso com o sinete do anel do conde de Caithness, tal como no início da sessão. Foi-lhe dada uma busca, mas não se descobriu qualquer vestígio de vestes ou véus brancos. Como resultado da brutal prova, a médium adoeceu. (Fodor, N. – Encyclopaedia of Psychic Science, U.S.A.: University Books, 1974, p. 62). ”


Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Katie_King
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Crookes

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