Para ilustrar esses quase 70 anos de apagão na historiografia brasileira, aparece a figura de Pedro Augusto de Bragança Saxe e Coburgo (1866-1934), representado no livro “O príncipe maldito da historiadora” de Mary Del Priore. Apesar de ter chegado perto de ser Imperador do Brasil, Pedro Augusto ainda se mantém oculto na historiografia nacional, quase nunca sendo visto nas salas de aulas e livros didáticos.
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Pedro Augusto com seus pais, Leopoldina de Bragança e Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota. |
Quando D. Leopoldina surge grávida de Pedro Augusto, o Império é enaltecido com a grande expectativa em torno do nascimento de futuro imperador. A aparente infertilidade da Princesa Isabel elevou desde o nascimento Pedro Augusto ao status de herdeiro presuntivo, que era a pessoa provisoriamente tida como herdeira de um trono, mas que pode perder tal posição com o nascimento de um herdeiro ou de um novo herdeiro presuntivo com mais direito ao trono. E assim começou a trajetória daquele que teve toda sua infância voltada para a aprendizagem de como se tornar o Rei do Brasil.
Quando criança Pedro Augusto estudou diversas aéreas do conhecimento, futuramente se formando em engenharia. Cedo se tornou o preferido de D. Pedro II, acompanhando o avô em suas viagens, passeios pela Europa, idas ao teatro e no hobby favorito de D. Pedro II, observar as estrelas. Dessa maneira, desde cedo ele se tornou o queridinho das cortes e monarquias espalhadas pela América e Europa.
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O Predileto entre seus avós maternos (1887). |
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D. Pedro II e Família em Petrópolis. Da esquerda para a direita: a Imperatriz, D. Antonio, a princesa Isabel, o Imperador, D. Pedro Augusto (filho da irmã da princesa Isabel, d. Leopoldina, duquesa de Saxe), D. Luís, o conde D'Eu e D. Pedro de Alcântara (príncipe do Grão-Pará). Foto de Otto Hees, a última antes do fim do Império em 1889 |
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Dom Pedro Augusto (à direita) e Dom Augusto Leopoldo no exílio em Cannes, em 1890. fonte:Opa revista |
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