Chegar ao topo do Everest é a glória para qualquer alpinista. Um feito
para se contar para os filhos, netos, bisnetos... No entanto, são poucos
os que podem contar esta hitória, pois o Everest é o cemitério de
muitos aventureiros que fizeram da grande montanha a sua morada eterna.
Cerca de duzentos corpos são conhecidos, batizados e usados como marcos
pelos alpinistas que escalam a montanha. O corpo da imagem abaixo
recebeu o carinhoso apelido de "Botas verdes".
Resgatar um corpo das montanhas é algo quase impossível. Não só difícil
tecnicamente, mas extremamente caro. As mortes quase sempre são
resultado de alpinistas que nunca acordaram de uma sonequinha.
Tentar chegar ao cume do gigante pode custar entre 25.000 e 60.000 dólares, ou a vida do alpinista.
A maioria dos que retornaram relataram que uma das coisas mais difíceis
da escalada é passar pelos corpos. Devido as baixíssimas temperaturas,
corpos com mais de 50 anos são encontrados quase sem sinais de
decomposição. O congelamento quase que instantâneo é uma possibilidade
real perto do cume do monte.
Algumas vezes, alpinistas encontram pessoas agonizantes durante a
escalada ou descida, mas como não há meios de ajudá-los devem seguir em
frente e deixá-los morrer.
É bastante conhecida no meio, a história de dois alpinistas que
encontraram uma mulher à beira da morte. Ela gritava por socorro e pedia
que eles a ajudassem. Os dois nada podiam fazer, pois tentar ajudá-la
seria praticamente morrerem juntos com ela. Eles então seguiram em
frente e a deixaram morrer.
Adaptado do blog Hipernovas.