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Ele ateou fogo em seu próprio corpo num processo de auto-sacrifício, como protesto contra a política de perseguição religiosa adotada pelo governo de Ngo Dinh Diem. A religião budista era extremamente oprimida em seu país.
Enquanto seu corpo queimava sob as chamas, ele manteve-se totalmente paralisado; não gritou e tampouco expressou qualquer reação de dor ou ruído. Consequentemente após este fato outros monges realizaram o mesmo ato.
Constatado o falecimento, seu corpo foi cremado conforme a tradição budista. No entanto, o fogo não conseguiu consumi-lo por completo. O coração do monge Mahayana preservou-se intacto após a cremação. Assim sendo, seu órgão foi transladado aos cuidados do Banco de Reserva do Vietnã, como relíquia.
Ngo Dinh Diem foi o primeiro presidente do Vietnã do Sul após a independência e divisão do Vietnã, governando o país entre 1955 e 1963. Sua presidência foi marcada por autoritarismo, perseguição religiosa, nepotismo e corrupção. Aproximadamente 50 mil pessoas foram mortas e 75 mil foram presas ao longo de seus oito anos de poder, suspeitos de simpatia pela doutrina.
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A oposição contra o regime aumentava, crescendo os protestos até por parte dos estudantes. No dia 1 de novembro de 1963 houve o golpe de estado. Os oficiais ofereceram a Diem uma saída honrosa rumo ao exílio, caso se rendesse. Entretanto, ele optou por fugir com seus familiares em uma passagem secreta, onde foram capturados no dia seguinte.
No dia 2 de novembro foram levados como prisioneiros dentro de um carro blindado ao quartel-general, porém, Diem e seus irmãos corruptos foram executados a tiros ainda no veículo.
Presenciando o horror daquela cena, atrelada ao cheiro da carne queimando, o fotógrafo Malcolm Browne tirou quatros filmes de fotos do monge, o que lhe rendeu os prêmios Pulitzer e Foto do Ano da World Press Photo de 1963. O repórter David Halberstam também testemunhou a cena e escreveu sobre o protesto, sendo também premiado com um Pulitzer.
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