A Série.
O Super-Herói Americano foi uma série de sucesso estrondoso nos Estados Unidos e em outros países.
O programa, criado pelo consagrado produtor Stephen J. Cannell, estreou através do episódio piloto, de mesmo nome, de duas partes, cada uma com duração de uma hora, que foi apresentado como um telefilme no dia 18 de março de 1981, pela rede ABC, nos Estados Unidos.
O Super-Herói Americano era boa sátira aos heróis em quadrinhos, em especial o Super-Homem, a série estreou com muito sucesso, com índices de audiência impressionantes já no episódio piloto, mas encontrou problemas com a editora DC Comics, que entrou com uma ação judicial na tentativa de impedir o piloto de ser levado ao ar, alegando que a série infringia os direitos autorais do Super-Homem. Um juiz foi favorável ao Super Herói Americano e o piloto foi veiculado. Mesmo durante a 2ª temporada da série, a DC ainda tentava encerrar o seriado.
A música tema “Believe It Or Not”, composta por Mike Post e Stephen Geyer na voz de Joey Scarbury, ficou em primeiro lugar nas paradas americanas.
O programa foi cancelado na metade de sua terceira temporada. O problema, em grande parte, estava relacionado com os roteiros cada vez mais infantis e também à mudança do dia de exibição: de quarta-feira para a concorrida noite de sexta. Após seu cancelamento, a série começou a ser reprisada em canais regionais dos Estados Unidos, conquistando uma boa audiência.
Seu inesperado sucesso nas reprises inspirou os produtores a criarem em 1986 um piloto para uma nova série, e como o ator William Katt se negou em voltar a interpretar Ralph, a série mostra Hinkley passando a roupa especial para uma mulher, Holey Hathaway (Mary Ellen Stuart). Assim nasceu “The Greates American Heroine”, um episódio piloto que não resultou numa nova série e que nunca chegou a ser transmitido pela rede NBC.
A História.
Na série, o professor Ralph Hinkley (William Katt), na companhia do policial Bill Maxwell (Robert Culp), são abordados no deserto por uma nave espacial. Um dos seres entrega ao professor uma roupa com super-poderes para combater o crime. A roupa vem acompanhada de um manual que ensina como utilizá-la, mas no caminho para casa, Ralph perde o manual e é obrigado a descobrir sozinho como tudo funciona.
Ao descobrir os poderes da roupa, Maxwell convence Ralph a utilizá-la em segredo, ajudando-o em suas investigações policiais. A única pessoa, além de Maxwell, que conhece o segredo de Ralph é sua noiva, a advogada Pamela Davidson (Connie Selleca) com quem Ralph se casa ao longo da série.
Durante o seriado, Ralph tenta equilibrar seus deveres como professor de um grupo de jovens delinqüentes, e o combate ao crime em uma parceria não-oficial com Maxwell, utilizando a roupa especial cujos poderes vai descobrindo em cada aventura.
Um dos pontos altos da série era exatamente a discussão das aplicações morais dos super-poderes. Ralf era a pessoa mais correta do mundo e queria mesmo ajudar e não se aproveitar de suas habilidades para fins mesquinhos. Já seu parceiro, Bill, fazia questão de envolvê-lo em todos os casos do FBI possíveis, uma vez que nunca conseguiu convencer o professor a utilizar de maneira mais “lucrativa” seus dons. Tanto que o agente Maxwell, um poço de incompetência por natureza, se tornou um dos maiores agentes dos EUA, para o espanto de seus superiores. Isso porque sobrava para Ralf o trabalho sujo. Mas de qualquer forma, ambos se tornaram grandes amigos no decorrer dos episódios. Mas até mesmo o professor boa praça, caiu nas garras da tentação e, com uma ajudinha de seu uniforme, realizou seu grande sonho de infância: se tornar astro do beisebol. Claro que usando a roupinha vermelha por baixo do uniforme pra “dar sorte”.
Os vilões da série variavam desde punguistas a assaltantes de banco, terroristas e espiões. Nada de Supervilões, como era de se esperar de uma série do gênero. E quer saber de uma coisa? Eles não faziam a menor falta! A graça da série era uma pessoa normal, num mundo real, tentando conviver com poderes absurdos. Vivendo situações comuns, às vezes muito mais complicadas do que os “perigos” que os heróis das HQs costumam enfrentar. Não que os roteiros fossem geniais. Pelo contrário. Eram até bem simples. Muito parecidos até com os das séries de ação da época. Mas com o diferencial que, aqui se assumia o papelão que é usar uma fantasia para combater o crime.
Toda vez em que nosso atrapalhado protagonista tinha que trocar de roupa, passava por todo tipo de martírio!, sempre prendia a calça nas botas, enroscava a capa no cinto e levava um tempão para se “transformar”! Sem falar que penava para não perder suas roupas normais. Isso quando não era pego em flagrante (no banheiro, beco ou mesmo atrás de uma moita) e tinha que dar uma de doente mental ou até artista de circo para se safar do vexame!
Um dos poderes esdrúxulos da roupa alienígena era o de “sentir” as pessoas à distância. Para tanto, era necessário que o Professor tocasse em algum objeto pessoal desse alguém. Aí ele teria uma “visão” dela. De seu passado recente ou mesmo de onde estaria naquele instante. Outro poder interessante era o de pirocinese. O único problema é que ele só conseguia atear fogo em coisas que estivessem atrás(!) dele. Uma precisão para lá de discutível. Mas ainda assim, útil às vezes. O pacote ainda incluía uma deficitária visão de raio x e até invisibilidade. No mais ele era munido pelo sempre necessário “kit-do-super-herói-feliz”, que inclui superforça, invulnerabilidade e, claro, a habilidade de voar.
Em alguns episódios, o sobrenome do professor é alterado de Hinkley para Hanley porque na vida real, um homem de nome Hinkley tentou assassinar o Presidente Ronald Reagan.
Super herói americano - Parte 01
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